segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Resenha : Ela disse , ele disse ( Thalita Rebouças )

Quarta capa

Primeiro dia numa escola nova é sempre complicado: a gente se sente um peixe fora d'água.
Enquanto todos os outros alunos são (ou ao menos parecem ser) melhores amigos de infância, os novatos ficam pelos cantos, sem jeito, pensando em qual seria a melhor tática de aproximação.
Mas será que fazer amigos e se adaptar a uma nova realidade é mais fácil para uma menina ou para um menino? Este é o ponto de partida de Ela Disse, Ele Disse.
Leo e Rosa são dois típicos adolescentes de classe média, e vão contar, na primeira pessoa e em capítulos alternados, como passaram pela dureza do primeiro ano num colégio novo. Amizade, futebol, paixões, ciúme, bullying e as armadilhas da internet são alguns dos ingredientes que dão sabor a essa história com dois narradores e dois pontos de vista.

Orelha

Rosa
Na hora da saída, de pé na porta da escola, nosso grupo se reuniu para decidir onde nos encontraríamos para o trabalho.
- Que tal lá em casa hoje, às cinco da tarde? - sugeriu Leo.
Todos concordamos e ele ficou de passar o endereço por e-mail.
- Vamos pra casa juntos, Leo?
- Claro, Julia.
Que óóódio dessa Juliaaaa!, berrei mentalmente.
- Quer ir andando com a gente, Rosa?
Ah, fala sério, garoto!, eu quase disse. Era só o que faltava eu ir de vela pro futuro casalzinho. Tudo bem que o Leo parecia querer se aproximar de mim nos últimos dias, mas me deixar de vela era uma crueldade. Um idiota, o Leo.

Leo
Eu juro que me espantei comigo mesmo na hora em que chamei a Rosa pra ir com a gente. Saiu assim, de repente. A Julia, a gostosa da escola, querendo ir comigo pra casa, e eu chamando a Rosa pra ir junto. Já estava imaginando a zoação dos caras: "Qual é, mermão? Ficou maluco?". Era fato, eu queria me aproximar da Rosa. Não sei bem por quê, nem pra quê, já que a menina não me dava a menor trela, mas por algum motivo que eu desconhecia era bom estar perto dela. Queria que ela parasse de implicar comigo e passasse a ir mais com a minha cara. Pô, sempre fui gente boa, o que essa garota tem que não enxerga todo o meu carisma?, eu zoei em silêncio, antes de ouvir a resposta, que seria um balde de água fria se eu estivesse a fim dela.

Resenha : 

Bem, o que eu posso dizer? Amei. Simplemente amei. O livro é muito bom, a linguagem que a Thalita usa, eu me impressionei. Já ouvi muitas pessoas falaram que ela escreve bem e usa a linguagem dos adolescentes, o que eu acho maravilhoso. Mas não imaginava que era dessa maneira.

Eu admito, no começo eu ODIEI o Leo. Garoto burro e idiota, era assim que o descrevia. Uma colega minha já tinha lido o livro e me disse que com o tempo ele ficaria mais legal, mas não consegui acreditar. Ele tava muito burro! 

Mas acabou que sim, ele melhorou e muito. Deixou de ser aquele idiota para ser um garoto com medo, que fica nervoso, que não tinha certeza do que sentia e com o tempo entendeu. Enfim, ele mostrou ser como nós pessoas, não só como os adolescentes, mas como os adultos também. Afinal, adulto também tem medo, muitas vezes não entende o que tá sentindo e as vezes erra. 

A Rosa eu gostei logo que comecei a ler até o fim. Gostei do nome, do jeito de ser, enfim, de tudo. Achei ela muito divertida e bem como eu sou (principalmente no modo de agir).

A Júlia, logo da primeira vez que apareceu até o final eu não gostei. Achei ela muito burra. Não é burra em celebro, digamos assim. Mas burra no modo de agir. Gente, ela meio que tem dinheiro, estuda em uma escola boa, e fica lá, não estuda o suficiente, porque pra ela não entender de nada é porque nem estuda. Só lê revistas e tal, nada contra quem faz isso, mas e a cultura? 

Livros nos mostram coisas sobre lugares, pessoas, modo de pensar, enfim, resumindo, acho que ela não aproveita o que tem. Ela podia ser uma boa aluna, todo mundo gostar dela, mas não, ela não estuda, o que faz com que ela não saiba de nada e com isso, seja isso que a gente viu quando leu o livro, uma garota que só se preocupa com a aparência. Todo mundo acha ela chata, pelo menos eu achei, porque ela não tem papo, só fala de aparência. Até pra uma amiga conversar fica chato.

A Luana e a Carol eu adorei. Elas mostraram ser super amiga, principalmente no final. Não tem nem o que falar, simplesmente amei. Se todas que encontramos durante a nossa vida e chamamos de amiga, fossem como elas, nossa, estaríamos muito bem, teremos alguém a quem confiar, amar, ajudar e saber que poderíamos contar sempre.

Odeio o Confusão. Quem aquele idiota pensa que é para agir daquele jeito com o Leo? Sério gente, eu no começo não gostei muito do Leo e tal, mas dai a aceitar aquilo, gente esse Confusão, ninguém merece.

Os pais da Rosa e os pais do Leo são muito legais. A mãe da Rosa eu achei ela até legal, mas quando penso na parte quando ela conhece o pai do Leo, só penso em uma palavra para descreve-la: exagerada. Muito exagerada. E o pai do Leo? Nossa, ele é totalmente diferente de como eu pensei que a Thalita fosse fazer o pai dele. Pensei que seria um cara meio serio, sabe? Como posso dizer? Aquele tipo que sei lá, não se dá muito bem com o filho, não fala daquele jeito, não anda de moto, enfim, o oposto do que é, digamos assim.

A Ludmila, ou melhor, Ludlinda, foi uma das melhores personagens desse livro, eu ficava rindo muito com ela, e tipo, meu irmão olhava pra mim e dizia "tá com problema?", aí eu falava (ainda rindo) "não, é que a Ludmila do livro é muito engraçada". 

Eu tenho uma coisa que preciso dizer para a Thalita. Thalita, minha autora favorita, faz um livro SÓ da Ludlinda, faz por favor! Comprarei com toda e completa certeza. Recomendarei para todos os meus amigos, porque querida Thalita, a Ludlinda, foi na minha opnião, acho que a melhor personagem que você fez e poderia fazer. Ela tem um jeito de ser. Tipo, ela é nova, 10 anos, mas age como quem tem 16 ou 17, sei lá, por aí. Enfim, eu amei muito a Ludlinda.

O livro você começa a ler e nem percebe o tempo passar. Comecei a ler ontem de manhã e terminei hoje de manhã. O amor entre a Rosa e o Leo, nossa gente, é muito fofo. Super recomendo o livro, tenho certeza de que vocês não vão se arrepender. Eu comecei a ler porque tava sem livro pra ler e agora agradeço por isso, por que se tivesse, nossa, aí é que ia me arrepender, por que não ia tá lendo esse livro (ok, acho que tó parecendo o tipo exagerada agora né?, abafa haha).

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